segunda-feira, 13 de abril de 2009

Marketing esportivo na onda do corte de custos

Pedro Souza - Gazeta Mercantil

Em meio a um cenário de crise financeira, dita por alguns como crise econômica mundial, o mundo milionário da Fórmula-1 também balança com as decisões de corte de gastos das empresas patrocinadoras da categoria. Para o proprietário da agência de marketing esportivo Reunion Sports e Marketing, Geraldo Rodrigues Júnior, "faz sentido" que as instituições financeiras que apresentam desaceleração em seus resultado não prolonguem seus contratos de patrocínio no esporte.
Por outro lado, Rodrigues Júnior destaca que os cancelamentos de contratos podem ser um tipo de ferramenta de negociação para baixar o valor do patrocínio. Ele acredita que o grupo ING, apesar dos anúncios de cortes de US$ 1,29 bilhão em despesas operacionais e a redução de 7 mil postos de trabalho, superará os abalos da crise, por conta do seu porte. "Por isso, é possível que seja um modo de forçar um reajuste no valor do patrocínio, e não o abandono da equipe Renault de Fórmula-1."
Rodrigues Júnior pontua que no mundo do marketing esportivo é comum que as empresas quebrem contratos buscando novas propostas de patrocínio, de menor valor. Ele destaca que essa "ferramenta de negociação" é vista, casualmente, no mercado de marketing de futebol. "Mas tenho conhecimento de muitas empresas que, depois que a crise vem afetando a economia mundial, cancelaram contratos de patrocínio."
O diretor geral da empresa de marketing esportivo Entertainment Sports Management ( ESM) , Luiz Fernando Ferreira, diz que a crise faz com que muitas instituições financeiras cortem gastos em todos os setores. "Não acredito que o ING confirmou o cancelamento do patrocínio da Renault esperando um baixo retorno do marketing esportivo. Esse retorno sempre é muito alto, mas como é visto que eles estão cortando gastos em todos os setores, é possível que seja um modo de dizer que não estão bem. Seria estranho uma empresa demitir muitos funcionários, ou até fechar as portas de algumas unidades, e aparecer como patrocinadora de esporte", completa.
Ferreira destaca que no esporte brasileiro as coisas também não andam boas. "Vários grandes patrocinadores do esporte nacional, principalmente no futebol, estão reduzindo os custos com patrocínios. As matrizes mandam reduzir em 20% os gastos, no mundo, e o esporte entra nessa cota." Ele destaca o ocorrido com a LG e o time principal do São Paulo Futebol Clube. "Houve uma renegociação e um reajuste nos valores de patrocínio da marca para o time."

Nenhum comentário:

Blogger templates

Your email address:


Powered by FeedBlitz

Obrigado pela visita de todos vocês!

Locations of visitors to this page